De acordo com o jornal francês
Libération, o governo de
Alexis Tsipras talvez não se aguente até ao verão. Com uma estreita maioria de três lugares (153 de 300), a coligação do
Syriza (144 lugares) e do ANEL, um partido da direita radical com 9 lugares, terá grande dificuldade em sobreviver à reforma das pensões que deverá adoptar nos próximos meses. Em Atenas, alguns analistas já falam de eleições antecipadas em Julho. As sondagens revelam uma forte queda na popularidade do
Syriza. Uma quebra na ordem dos 15 pontos. "Este partido de esquerda radical, enraizada no comunismo alinhado com Moscovo, amputado da sua asa ultra-esquerda, ganhou as eleições de Setembro 2015 com 35% dos votos. Deve o seu sucesso ao colapso do PASOK". Os gregos acham que o
Syriza, apesar da sua promessa, não consegue fazer a reforma do estado. "Nada de surpreendente, uma vez que grande parte da sua clientela é composta por funcionários públicos que têm muito a perder". Finalmente, para complicar ainda mais a situação, os estalinistas-comunistas do
KKE e os neo-nazis do
Golden Dawn registaram subidas acentuados nas sondagens. "A paisagem política grega está mudando à imagem do que está acontecendo em todos os países que experimentaram a cura de austeridade. Os casos de Portugal, Irlanda e Espanha. Os cidadãos estão à procura de um novo acordo. Mas o pior e o melhor pode emergir. Enquanto isso, a incerteza prejudica o investimento estrangeiro e, portanto, a recuperação do país".
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