Um juiz federal canadiano, que disse a uma suposta vítima de violação no tribunal que ela poderia ter "mantido os joelhos juntos", renunciou. Como relata
The Washington Post, o Conselho Judicial do Canadá emitiu um relatório, ao fim de 15 meses, concluindo que
Robin Camp do Tribunal Federal de Alberta devia ser removido. Em 2014, o juiz perguntou a uma jovem de 19 anos que tinha sido violada por
Alexander Wagar na bacia de uma casa de banho durante uma festa, porque é que simplesmente não se afundar dentro da bacia. Depois dela responder que estava "bêbada", insistiu: "E quando os seus tornozelos foram segurados pelos jeans justos porque não manteve os joelhos juntos?" Durante o julgamento, Camp continuou a referir-se à mulher como a "acusada", sugerindo mesmo que poderia ter-se libertado da situação. Também afirmou que as mulheres jovens "querem ter relações sexuais, especialmente se estão bêbadas", acrescentando que algumas vezes "sexo e dor vão juntos e isso não é necessariamente uma coisa má". A filha deste inclassificável juiz, que já tinha sido vítima de violação, testemunhou a favor do pai. Classificou os seus comentários de "vergonhosos", mas defendeu-o, afirmando que ele a tinha apoiado depois da violação.
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