sexta-feira, 27 de maio de 2011

Leonora Carringhton (1917-2011)


Morreu uma das últimas figuras do movimento surrealista. A britânica Leonora Carringhton aguentou-se até aos 94 anos, mas teve uma vida agitadíssima. Apaixonou-se por Max Ernst e foi com ele para Paris onde conheceu André Breton e companhia. A família que não suportava a rebeldia da jovem pintora, internou-a num hospital psiquiátrico no norte de Espanha. Conseguiu escapar daquele inferno e refugiou-se em Lisboa onde conheceu Renato Leduc, diplomata e escritor e mexicano, com quem viria a casar. Em Nova Iorque teve o apoio de Peggy Guggenheim que a lançou no universo das artes plásticas. Mais tarde, o seu espírito aventureiro levou-a até ao México e por lá ficou a viver um dos períodos mais intensos a nível cultural e revolucionário do século passado. Conviveu com Benjamín Peret, Diego Rivera, Frida Kahlo e Luis Buñuel. Conseguiu impor-se num meio francamente hostil e machista como era e é ainda a sociedade mexicana.

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