Esta noite é a
Noite dos Museus, uma iniciativa que envolve 3200 museus de quarenta países europeus. Apesar da crise há festa. Curiosamente li há umas semanas no jornal
El País uma reportagem sobre a penúria em que se encontram os museus espanhóis. O país gastou fortunas para tentar colocar-se na centralidade da arte mundial, criando apressadamente
infraestruturas e agora ninguém sabe o que fazer com alguns edifícios alguns deles assinados por famosos arquitectos. Veio a crise e o governo cortou 50% do financiamento. Os hospitais e a educação, obviamente, que estão em primeiro lugar. Nós, por cá, dentro da nossa pequena escala também entrámos em delírios. O conceito de exposição mudou muito desde os finais do pós guerra. A prosperidade nos Estados Unidos e na Europa permitiu que nos anos 70 alguns museus inovassem a forma de mostrar e de criar a arte
contemporânea. Construíram-se novos edifícios e as políticas culturais nesta área traziam prestígio ao poder instituído. Depois tornou-se uma moda de consumo, ir aos museus era quase como ir aos centros comerciais.
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