Recordemos os 45 anos do album The Velvet Underground & Nico que saíu em 1967. Dois anos depois do fotógrafo e artista Gerald Malanga ter levado Andy Warhol e Paul Morrissey ao café Bizarre para lhes apresentar uma banda de rock "invulgar". O som era estridente, cru, monótono, repetitivo e ensurdecedor. Correspondia perfeitamente ao que Warhol fazia com as imagens. Repetiam, repetiam, repetiam a mesma palavra até alguém dizer basta. As suas letras falavam de drogas ou perversões sexuais, entre alaridos e gemidos muito pouco melódicos. Andy ficou hipnotizado. Decidiu naquele instante ser o manager do grupo constituído por Lou Reed, Sterling Morrison, John cale e uma baterista andrógina chamada Maureen Tucker. Logo se apercebeu que aos Velvet faltava um líder carismático, já que Lou Reed era um performer desconfortável. Descobriu Nico, uma modelo alemã lindíssima com uma voz gótica e profunda. Sem Warhol tudo seria diferente. Sem este sublime camaleão meio cego, calvo, albino e tímido talvez Nova Iorque não se tivesse projectado como capital da modernidade. Ele foi o epicentro imóvel da tormenta psicológica que a cidade viveu durante mais de três décadas. Actualmente tornou-se mais normal. Mais aborrecida.
adios amigos
Há 9 anos
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