sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ruby Sterling

Este atraente homem de 40 anos podia tornar-se uma daquelas estrelas que se distinguem nos ambientes hipsters das artes plásticas. Mas Sterling Ruby é diferente. Filho de militar, nascido numa base americana na Alemanha, vive em Los Angeles e combina o fascínio pelos gangs que lutam para impor os seus graffitis nas ruas com as teorias da antropóloga Lorna A. Rhodes, autora do livro Total Confinement, que se tem dedicado a estudar o comportamento das pessoas nas prisões de alta segurança, e do psiquiatra James Gilligan que publicou um livro sobre a violência. São temas privilegiados deste artista que nas pinturas abstractas e monocromáticas utiliza sprays, mas também trabalha com cerâmica e outros materiais. No vídeo The Masturbartors apresentado numa galeria de Chelsea mostra quatro actores de pornografia a masturbarem-se em quartos separados. Sterling Ruby, que foi assistente de Mike Kelley durante dois anos no Art Center College of Design de Pasadena, compara o onanismo ao exibicionismo e voyeurismo existente no panorama da arte actual, representando ainda a carência afectiva dos homens. Fala sobre a masculinidade contemporânea que, devido às teorias feministas, se tornou "uma vergonha". Não percebi bem quando ele pergunta. "Se a virilidade do macho é para ser tomada como a medida da masculinidade, então o que é que acontece quando falha?" Pode resultar numa atitude violenta. Não percebo, repito. Os autênticos homens choram e não têm que provar nada. Embirro com o conceito estabelecido de virilidade.

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