Este atraente homem de 40 anos podia tornar-se uma daquelas estrelas que se distinguem nos ambientes hipsters das artes plásticas. Mas
Sterling Ruby é diferente. Filho de militar, nascido numa base americana na Alemanha, vive em Los Angeles e combina o fascínio pelos gangs que lutam para impor os seus graffitis nas ruas com as teorias da antropóloga
Lorna A. Rhodes, autora do livro
Total Confinement, que se tem dedicado a estudar o comportamento das pessoas nas prisões de alta segurança, e do psiquiatra
James Gilligan que publicou um livro sobre a violência. São temas privilegiados deste artista que nas pinturas abstractas e monocromáticas utiliza sprays, mas também trabalha com cerâmica e outros materiais. No vídeo
The Masturbartors apresentado numa galeria de Chelsea mostra quatro actores de pornografia a masturbarem-se em quartos separados.
Sterling Ruby, que foi assistente de
Mike Kelley durante dois anos no
Art Center College of Design de Pasadena, compara o onanismo ao exibicionismo e voyeurismo existente no panorama da arte actual, representando ainda a carência afectiva dos homens. Fala sobre a masculinidade contemporânea que, devido às teorias feministas, se tornou "uma vergonha". Não percebi bem quando ele pergunta. "Se a virilidade do macho é para ser tomada como a medida da masculinidade, então o que é que acontece quando falha?" Pode resultar numa atitude violenta. Não percebo, repito. Os autênticos homens choram e não têm que provar nada. Embirro com o conceito estabelecido de virilidade.
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