"My film-making is much better suited to being watched by a single viewer. I take the viewers one by one, unlike Hollywood cinema which aims to amalgamate the audience.", afirmou o cineasta
Stephen Dwoskin. Nascido em 1939 na cidade de Nova York, numa família pobre oriunda de Odessa, aos sete anos de idade contraiu poliomielite. Depois de estudar arte na Universidade de Nova York e na
Parsons School of Design, começou a frequentador as tertúlias do Greenwich Village. Descobriu o cinema experimental com
Maya Deren e foi influenciado pelos filmes transgressivos de
Jack Smith e
Ron Rice. Mais tarde publicou o livro
Film is... que se distinguiu por um estilo muito pessoal e activista. Durante um período trabalhou como fotógrafo e designer gráfico, chegando a ser director de arte na CBS, mas continuou a produzir os seus filmes. Sempre explorou uma dimensão quase táctil do voyeurismo. A sua câmara em
Dyn Amo regista um espectáculo de striptease em que duas jovens mulheres são abusadas por um gigolo num ritual sado-masoquista cruel e assustador. Todos os seus primeiros filmes-
Only,
Trixi,
Moment ou
Times For-desconstroem o sistema convencional do olhar masculino, o que levou a crítica de cinema e feminista britânica
Laura Mulvey a escrever um texto sobre a maneira como são abordadas as questões do género nos filmes. Em 1964,
Dwoskin recebeu uma bolsa para estudar em Londres onde foi o motor de uma cooperativa de cinema independente. Na década de 1970, já conhecido fora do movimento experimental, atraiu o apoio das televisões e das instituições culturais, o que lhe permitiu realizar obras de ficção como a soberba adaptação de
Wedekind Tod und Teufel.
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