As tensões surgem de novo no mercado da dívida dos países do sul da zona do euro. A Grécia insolvente caminha para um segundo default. Os juros dos títulos gregos subiram até quase 9% para os 10 anos, ultrapassando a linha de perigo. É óbvio que se torna impossível financiar-se a menos que queira cometer suicídio económico. De acordo com o jornal francês
La Tribune o reembolso equivale a 4 biliões de euros ao ano. Para honrar os seus compromissos com os credores, não terá escolha a não ser aumentar os planos de austeridade que já geraram pobreza em massa e um desemprego de 26% que proíbe qualquer recuperação económica e acentua as necessidades de financiamento. A Espanha também viu subir a sua taxa dos 10 anos em meados de Outubro e, ainda mais preocupante, foi que a última edição do tesouro espanhol não correu nada bem. Isto significa que os investidores estão cada vez mais relutantes em comprar a dívida dos países em dificuldades. O BCE desta vez não os vai "salvar". Na verdade, o programa de compra de dívida soberana (OMC)criada no auge da crise que ajudou a reduzir as taxas para níveis sustentáveis, é o tema do processo que está no Tribunal de Justiça da União Europeia. Só que o tribunal, dominado por um grupo eurocéptico alemão, deve decidir sobre a legalidade da recompra da dívida pelo banco central.
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