Contradições

O economista americano Jeffrey Sachs, autor do livro The price of Civilization, escreveu um artigo onde contesta algumas das posições de Paul Krugman sobre a austeridade. "É às vezes chamado de keynesianismo, mas John Maynard Keynes sabia muito melhor do que Krugman que não devemos depender dos mecanicismos multiplicadores de demanda para definir a taxa de desemprego. Obviamente, as tendências recentes - um declínio significativo na taxa de desemprego e uma aceleração da taxa de crescimento económico- lançaram dúvidas sobre o diagnóstico macroeconómico de Krugman. Os grandes défices e um rácio de aumento da dívida em relação ao PIB não têm nada de progressista". Considera o Nobel da Economia um grande teórico e bom na polémica, mas afirma que deveria "reflectir mais profundamente sobre as experiências recentes". Dá como exemplo a política de David Cameron que cortou o défice orçamental estrutural de 8,4% do PIB potencial em 2010 para 4,1% em 2014. A taxa de desemprego caiu 7,9 por cento. No entanto, Krugman há dois anos atrás apelidou os líderes do Reino Unido de patetas.