Michel Houellebecq lançou ontem
Soumission, o seu 6º romance que já estava na Internet a ser amplamente discutido há cerca de um mês. Exerce sobre os medias, em particular as televisões, um enorme fascínio. É uma relação de amor e ódio. Não falo do
Libération que, por se levar demasiado a sério naquele seu estilo politicamente correcto-padreca-moralista-dono da verdade, não entende a linguagem da transgressão ideológica e a ruptura com o academismo do escritor que, cínico e provocador, brinca com o declínio da "mesquinha" (como dizia
Céline) França a todos os níveis. O livro editado pela
Flammarion vai ser publicado em 40 países. Já vendeu 300 mil exemplares, apesar da sessão de autógrafos e a campanha publicitária terem sido canceladas. O escritor, que se encontra sob protecção policial, tinha dito numa entrevista que pretendia incendiar a França. Não imaginava o que iria acontecer com o
Charlie Hebdo onde surge caricaturado por
Charb na última edição da revista.
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