Basta de Europa! É uma das palavras de ordem da
Liga do Norte que tomou novo fôlego desde que
Matteo Salvini foi nomeado secretário-geral do partido, fundado em 1989 por
Umberto Bossi que
tinha entrado em declínio com apenas 3% dos votos. Houve então uma renovação ideológica na linha do programa da Frente Nacional de
Marine Le Pen, assumindo um discurso de maior oposição à União Europeia e ao Euro. Contra as políticas de austeridade introduzidas pelo governo tecnocrático de
Mario Monti. Vestido com uma simples T-shirt, sem gravata, o jovem de 41 anos nascido em Milão desceu ao Mezzogiorno para fazer a sua campanha. "Eu tenho orgulho em ser populista", afirmou. Num país onde o profissionalismo político e o conluio entre o Estado e o crime organizado atingiu níveis altíssimos, o anti elitismo tem sucesso junto dos eleitores desiludidos pela sucessão de escândalos de corrupção. Ao contrário da FN, a Liga do Norte manteve algumas ideias liberais em matéria económica e propõe um único imposto de renda de 20%. Mas como a despesa do governo italiano é 50,8% do PIB, esta proposta política não parece coerente. "Eu vou tomar o centro-direita para reconstruir a Itália", sublinha. Para já o seu principal objectivo é ganhar o município de Milão em 2016.
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