O primeiro-ministro grego decidiu convocar eleições antecipadas para 20 de Setembro. Com o país atolado em dívidas, recebeu a primeira parcela no valor de 86 biliões de dólares do terceiro resgate. Mas agora resolveu consultar o país numa tentativa de silenciar os elementos mais radicais do Syrisa e reforçar o apoio popular ao programa de três anos que implica uma revisão radical da economia grega, incluindo cortes de gastos e reformas de saúde, assistência social, pensões e impostos. A desintegração do Syrisa já começou. O ministro das Finanças Euclides Tsakalotos, membro do comité central desta organização constituída por vários partidos, apoia Tsipras. É um marxista convicto, na tradição euro-comunista, que defende a permanência na União Europeia e na Moeda Única. Já Stathis Kouvelakis, professor de filosofia no King`s College de Londres e membro da Plataforma de Esquerda, tem uma opinião diferente. "Queremos recuperar o partido e exigir um congresso. A estratégia de Tsipras, com as eleições, visa purgar todos os candidatos de esquerda do Syriza. Julgo que é o tipo de plano que certamente tem em mente. Mas eles estão em minoria".
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