quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Destruir punk


O filho de Vivienne Westwood e Malcolm Laren falou sobre a decisão de queimar a sua colecção de artefactos do punk em 26 de Dezembro, incluindo umas calças de Johnny Rotten. Já recebeu uma chuva de críticas. O grande evento pode ocorrer em vários locais como Chelsea, Brixton ou Camden. Ontem Joe Corré, que me parece um idiota à busca de protagonismo, destruiu um acetato original de "Anarchy in the UK". Fundador do Agent Provocateur, cuja colecção foi avaliada entre 5 e 10 milhões de libras, diz que é uma forma de protesto contra a apropriação do punk pelo mainstream. Este gesto de um multimilionário não significa rigorosamente nada. "Estão comemorando 40 anos de Anarchy in the UK num momento em que se pode comprar um Never Mind the Bollocks com cartão de crédito ou umas calças bondage da Louis Vuitton. A exposição da comemoração até teve a aprovação da rainha. Um movimento que promoveu a mudança tornou-se uma peça de museu", justifica-se. Entretanto John Lydon comentou: "Destruir objectos que valem milhões é estúpido. Seria melhor vender e doar o dinheiro para caridade. Corré, que é um medíocre egoísta designer de lingerie, porque não lhe deu para queimar sutiãs e calcinhas?". E sobre a nostalgia acrescentou: "Estou muito ocupado para me tornar nostálgico".

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