" A Europa deve aceitar o mundo multipolar ou então vai morrer...", disse numa entrevista a intelectual francesa Caroline Galacteros, especialista em geopolítica, doutorada em ciências politicas e coronel na reserva das Forças Armadas. A imagem é da artista brasileira Tarsília Amaral.
"Os americanos sabem disso, mas preferem sacrificar descaradamente os ucranianos até o momento em que possam dizer-lhes que já tentaram de tudo, mas que devem cortar e negociar. Quanto mais esperarmos, mais dolorosa será essa negociação e a significativa amputação territorial. Podemos continuar a negá-lo, a indignar-nos com ele, a considerá-lo inadmissível, a preferir a pressa, mas é assim mesmo...."
Neste caso, um ano depois, não é o urso russo que está ferido, mas sim a águia americana e os pardais europeus.. A Ucrânia perdeu este conflito meses atrás e, a menos que a NATO envolva (com todos os riscos políticos e militares que isso acarreta) em um confronto aberto com a Rússia, Kiev não poderá, por múltiplas razões e em primeiro lugar por questões de mão de obra e armamentos, inverter o equilíbrio de poder. Devemos, portanto, sair da mentira irresponsável em que sustentamos, particularmente na França, os povos europeus sobre " a vitória ucraniana " e " a derrota russa e começar a lidar com a realidade".
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