quarta-feira, 8 de março de 2023

Joan Mitchell






Neste dia 8 de Março, o Dia da Mulher, decidi homenagear a pintora Joan Mitchell, uma mulher especial que venceu num mundo dominado por homens. Fazia o que lhe apetecia na vida e na arte, mesmo quebrando as regras estabelecidas. Nascida em 1925, herdeira de uma família muito rica de Chicago, depois de se formar em arte, foi viver para a Greenwich Village de Nova Iorque no final de 1949, tornando-se parte de uma cena artística vibrante junto com nomes que logo se tornariam famosos como Jackson Pollock, Franz Kline e Willem de Kooning. Atrás de um amor louco, mudou-se para Paris onde faleceu em 1992 com 66 anos de cancro. O escritor americano Paul Auster escreveu um artigo sobre esta fabulosa pintora com o título de "Joan Mitchell: O retinal, o lírico e o álcool". Sim, ela bebia muito. 

"Ela era a coisa real, você sabe. Nasceu para isso, sabia o que estava fazendo, continuou explorando. Achei emocionante, a sua ousadia e o seu senso de cor em persistir na abstração. Mas as suas coisas sempre foram baseadas em paisagens. É pintura retiniana, como diria Duchamp. É lírico e é sustentado".

"Era muito muito próxima de Beckett. Sei que ela gostava muito de Miró. Pessoalmente gostava dele. Noutra carta, escreveu: “Ele só chega até aos meus peitos”. Para alguém tão rico e nascido em tal privilégio, ela também tinha um lado de camionista". Um metro e oitenta de mulher atlética que se impunha de todas as formas. Hoje a sua cotação nos leilões é estratosférica. Já atingiu 16 milhões de dólares.

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