
Mal posso esperar pela saída do livro
Filhos de Jesus, com a chancela editorial da
Ahab e tradução do João Tordo. É curioso. Nos finais dos anos 80 fui ao bar literário
KBG, no East Village, e assisti a uma sessão de leitura com
Denis Johnson, um escritor que só era conhecido nos meios
underground. Deparo-me com um tipo meio-enfiado com um humor cáustico que agarrou o público quando se descreveu como um "hedonista criminal". Na sua escrita afloram ressonâncias de Charles Bukowski, Dylan Thomas e Raymond Carver, um companheiro das orgias alcoólicas. Teve uma vida complicada, vários casamentos desfeitos, falta de dinheiro para pagar as dívidas acumuladas e a travessia das drogas, sobretudo da traiçoeira heroína. Endireitou-se, faz palestras nas universidades e obteve o reconhecimento da crítica do sistema, mas já não sei se os seus livros são tão interessantes.
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