As "celebridades" à portuguesa sempre me deixaram perplexa e trazem-me desagradáveis ressonâncias das modas-lisboa dos últimos tempos. Surgiu uma rância mundanidade sem mérito, ignorante e mimética, que brotou não se sabe donde e porquê. Gostei de encontrar pessoas com quem tenho afinidades e que pertencem a uma elite cultural, cada vez mais minoritária neste país mergulhado na vulgaridade. Bons olhos os vejam. Manuel Reis, o talento de levar adiante os projectos em que se envolve. Delfim Sardo, o curador atarefado com os preparativos da Trienal de Arquitectura. João Grosso, actor e encenador sem carimbo de aviário. Miguel Flor, o talentoso estilista tolhido por circunstâncias adversas. Greta Statter, a primeira consultora de moda a trabalhar em Portugal. Patrícia Vasconcelos, directora de castings. Ana Mesquita, a mediática jornalista de tendências. Benvindo Fonseca, coreógrafo com um invejável reportório de bailados e rodagem internacional.
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