O cubano Carlos Garaicoa (1967) apresenta até de Novembro no
Matadero de Madrid a exposição
Fin de silencio que se debruça sobre os nomes dos antigos comércios de Havana. No chão do antiga câmara frigorífica estendem-se sete tapetes com uma interpretação das frases construídas pelo artista, criando analogias entre estas estruturas físicas e certos modelos de organização social. Desde que foi seleccionado em 1996 para uma residência na
Art in General, em Nova Iorque, onde teceu um corpo de trabalho com o título de
When a desir resembles nothing, participou na Documenta de Kassel, Bienal de Veneza e Bienal de São Paulo, adquirindo uma caução cultural à prova de bala. Os seus trabalhos conceptuais, com referências à arquitectura e ao urbanismo, reflectem uma atitude critica face aos totalitarismos políticos. "Depois da queda dos regimes do Leste, muitos projectos em Havana foram abandonados. As ruínas nostálgicas da época colonial coexistem com a ruína do frustrado projecto político e social", afirmou numa entrevista. Carlos Garaicoa vive entre Madrid e a sua cidade natal onde tem um estúdio sobre o Malecon.
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