sexta-feira, 10 de março de 2017

Escândalo Samsung

Começaram as audiências do julgamento mais extraordinário na história da indústria de tecnologia. Lee Jae-yong tinha tudo para ser o herdeiro do império Samsung, mas encontra-se numa prisão em Seul sem nada para fazer, limitando-se a ver as notícias e os programas numa televisão LG. O escândalo, que envolveu a Samsung e a Coreia do Sul em geral, inclui diversas compras de cavalos ilícitas, líderes de xamanismo e o impeachment de um presidente. O magnata de 48 anos educado em Harvard e conhecido no Ocidente como Jay Y. Lee é o vice-presidente da Samsung Electronics e efectivamente controlava o Samsung Group. Até recentemente, tinha sido visto como uma força de modernização dentro da empresa onde trabalhava desde 1991. Foi nomeado vice-presidente em 2012, um movimento que foi visto como confirmando o seu estatuto de herdeiro e tornou-se membro do conselho no ano passado. Lee e mais quatro executivos da Samsung são acusados ​​de subornar a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e uma confidente dela que esteve no centro de um escândalo político no ano passado. A confidente Choi Soon-sil é uma amiga próxima de Park e filha de Choi Tae-min, o líder controverso de um culto cristão xamânico. A suposta influência desta Rasputine de saias levou ao processo de impeachment da presidente. O Tribunal Supremo da Coreia do Sul vai decidir amanhã se Park deve ser reintegrada ou permanentemente removida do poder. Os procuradores alegam que Lee e os outros executivos deram 38 milhões de dólares em subornos a organizações controladas por Choi. Numa reviravolta surreal, grande parte do dinheiro teria sido usada para comprar cavalos para Chung Yoo-ra, a filha de Choi, além de incluir um pagamento de 19 milhões destinado à Core Sports, a agência alemã que a patrocina. Acusada de cobrir esses pagamentos, a Samsung está acusada de desviar 26 milhões dos fundos corporativos da empresa. Além do desfalque, o mais grave é o iria obter em troca de tais favores.

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