domingo, 5 de março de 2017

Lenine ou expulsão


Segundo um artigo do Miami Tribune, pode ser encontrado um novo refúgio diplomático para o fundador do WikiLeaks depois de sair da embaixada onde se encontra desde 2012. Guillermo Lasso, um dos principais candidatos à eleição presidencial, disse que pretende expulsar Julian Assange da embaixada de Londres se ganhar a segunda volta em 2 de Abril contra o candidato do partido no poder, Lenine Moreno. Mas também garantiu que vai trabalhar com outros governos para encontrar um novo lar e evitar que o polémico defensor da liberdade de expressão seja extraditado. "Pediremos ao Sr. Assange, muito educadamente, que saia de nossa embaixada, em total conformidade com as convenções e protocolos internacionais. No entanto, prometemos tomar todas as medidas necessárias para que outra embaixada o leve e proteja os seus direitos". Mesmo que outro governo estivesse disposto a oferecer abrigo a Assange, há que ter em conta a dificuldade da transferência. Nos cinco anos que passou escondido na embaixada, Rafael Correa não conseguiu levá-lo para o Equador, devido aos pesados ​​escrutínios policiais em Londres. A ligação entre Assange e O Equador remonta a 2010, quando a WikiLeaks publicou os cabos diplomáticos de Manning. Num deles, o embaixador americano Heather Hodges falou sobre uma suposta corrupção na força policial do Equador. Correa declarou Hodges "persona non grata" e revogou as suas credenciais. E ofereceu a Assange um emprego e residência no pequena país andino que nunca se materializou. Assange e WikiLeaks desempenharam papéis proeminentes durante a eleição presidencial dos EUA. O site publicou milhares de e-mails da campanha de Hillary Clinton. Foi acusado de ser um porta-voz russo, dizendo que Moscovo tinha estado envolvido nos e-mails para beneficiar o actual presidente. Assange sempre negou que os documentos vieram dos russos.
Uma sondagem recente da Cedatos, dá ao ex-banqueiro Lasso 52% dos votos contra 48 por cento de Lenine Moreno.

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