Depois dos supermercados, a Amazon tornou-se agora o bode expiatório do governo francês que tenta sabotar as vendas on-line. Há um projecto de lei, com o apoio dos deputados de direita e de esquerda, escudada na necessidade de salvar 2500 livrarias independentes da falência. Mas há quem culpe os políticos da "carnificina" dos livros, obrigando os livreiros a manter preços elevados. Tudo isto se enquadra na chamada política de "excepção cultural". Muita gente acha que Amazon presta melhor serviço do que os canais de distribuição tradicionais, permitindo que milhões de pessoas tenham acesso a livros que dificilmente obteriam noutros lugares. Os editores também serão lesados, atendendo a que os seus lucros vêm cada vez mais das vendas on-line. Na realidade, as pesadas tributações e as complexas regras aplicadas aos pequenos livreiros, que os impedem de ser competitivos, acabam por sufocar o negócio. "Visiblement, nos politiques aiment les livres à la façon d’un pompier dans Fahrenheit 451. Prenons le pari que cette nouvelle intervention sur un marché déjà mal en point anéantira l’avenir du livre en France plus efficacement qu’un programme national socialiste d’autodafé" (Contrepoints)
adios amigos
Há 9 anos
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