Na Islândia, esse país que tem sido elogiado pela sua actuação durante a crise financeira, o Ministério das Finanças propôs limitar a garantia sobre os depósitos bancários a 100.000 euros. Dizia-se que o país se tinha recusado a resgatar o sistema bancário com o dinheiro dos contribuintes. Os bancos faliram e começou a recuperação económica, ajudada pelo FMI. Afinal parece que existem complicações graves.
Mar Gudmandson, o governador do Banco Central, afirmou que há certos mal-entendidos quando se fala da atitude da Islândia sobre os seus bancos. Na verdade, o Banco Central concedeu uma fiança aos três maiores bancos do país, no Outono de 2008. Actualmente, esse compromisso custa entre 20 a 25% do PIB aos contribuintes islandeses. "Acreditar que a Islândia deixou os bancos falir e que e outros países poderiam fazer a mesma coisa sem sofrer as consequências é um mito", afirmou
Gudmandson. Da mesma forma, os empréstimos dos investidores internacionais não expiraram, apesar da recusa do povo islandês ter recusado em referendo pagar. Muitas dessas reivindicações foram reintegrados em produtos financeiros detidos por
hedge funds. A Islândia desvalorizou a moeda em 50% durante a crise, mas como o país exporta sobretudo peixe, um recurso difícil de desenvolver, o lucro das exportações é limitado. A desvalorização da moeda tem superado as importações, o que provocou a inflação. Foram adoptadas medidas de controle cambial e de capitais, para evitar a queda na coroa, mas de acordo com
Gudmundsson, o país encontra-se agora prisioneiro dessas medidas.
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