A morte de
Pier Paolo Pasolini ocorreu há 40 anos e ainda hoje é fonte de debate. Foi brutalmente assassinado na praia de Ostia, depois de engatar um prostituto, algumas semanas antes do lançamento de uma das obras mais politicamente escaldantes da sua carreira de cineasta, escritor, poeta e pintor:
Saló e 120 Dias de Sodoma. Surge agora retratado numa parede de Roma. A dupla imagem em tamanho real de si próprio. Um Pasolini de pé segurando nos braços um Pasolini morto, evocando a Pietá. O que significa? Talvez a pulsão de morte que movia este intelectual italiano. A peça, sem nenhuma assinatura, é realista à maneira de
Swoon, mas mais caravaggiano no uso expressivo da luz e da sombra.
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