Nova Iorque, 1994. Frequentei imenso o bar Nublu que fica no Alphabet City, a dois quarteirões do East River e numa esquina perto do Nuyorican Poets Cafe. Era um espaço minúsculo onde vibravam os sons de trompetes, trombones e congas. Uma mistura de salsa latina e Motown. Actuava o DJ Turmix, oriundo de Barcelona e residente em Nova Iorque, que fazia mexer os corpos com as batidas do Boogaloo, uma das representações musicais dos anos 60. Os registos clássicos do Harlem espanhol e do Bronx. Dos jovens porto-riquenhos, cubanos e negros. Em 1975 com a cidade perto da falência, atormentada pelos gangues, a pobreza e o racismo, o boogaloo foi desaparecendo de cena. E, sobretudo, devido a uma destruição sistemática das editoras e promotores. Mas os esforços para revitalizar o boogaloo e a alma latina começaram a dar frutos nos últimos cinco anos. Joe Bataan, conhecido como o King of Latin Soul, foi a atracção principal numa celebração de boogaloo no Lincoln Center no início de Agosto. Actuaram ainda o lendário pianista Richie Ray. The Boogaloo Destroyers e Pete Rodriguez que já não se apresentava há 40 anos. Foi também exibido o documentário exibição We Like It Like That! The Story of Latin Boogaloo que narra a ascensão, a queda e o renascimento deste género musical.
adios amigos
Há 9 anos
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