Ele era tão, tão...especial. Sempre transgrediu as convenções, as normas mas sem perder aquela elegância que se poderia associar a um certa impertinência. Até mesmo quando interpretava as figuras mais extravagantes, seduzia o público com os seus gestos corporais estilizados. O homem das mil caras gostava das transições rápidas. Depois de matar o seu alter-ego
Ziggy Stardust, um devaneio xamânico de inspiração kabukii, vestiu a pele de
Thin White Duke, um exercício minimalista evocando o dandy romântico e até um pouco arrogante. Mais tarde comprometeu-se com uma adulta mutação do rock progressivo que escutara na juventude. Fundou a banda
Tin Machine que lançou um disco de rock tenso e tórrido contra as correntes. Deixou a barbinha rala e vestiu-se de fato e gravata. A sua música, ao contrário de
Bob Dylan ou
John Lennon nunca foi política. Nasceu
David Jones em 1947 na Inglaterra, mas desde a adolescência que sonhava com os delírios de Nova Iorque onde viveu mais de metade da sua vida adulta. Já no início da década de 70 fazia parte da fauna que frequentava o Max`s Kansas City, a Factory de Andy Warhol, o Mudd Club e outros espaços onde se desenvolveu a vanguarda cultural. "I was there the night he walked into Max’s for the first time in the baby blue suit and the bright orange hair. It was striking. Everybody else in there was dressed in black and this colorful alien came in and just enchanted and charmed us all. He was a divine brilliant special artist and a sweet man, a good man,", afirmou
Bebe Buell, a
filha de
Liv Tyler, que lhe mostrou os pontos turísticos da cidade. Conheceu
Iggy Pop, que era um esqueleto ambulante dependente da heroína e ficou fascinado. "David seria visto como frio e manipulador, mas na verdade era Iggy quem o manipulava", relata
Tony Defries que tinha feito dele um
Starman.
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