A melancolia romântica da fotografia de
Sarah Moon é desconcertante. Sem recurso ao retoque, os seus modelos parecem habitar mundos fantásticos. Um trabalho mais alinhado com a pintura impressionista do que com a fotografia de moda. Descreve o seu processo fotográfico como uma viagem através do subconsciente. "Eu começo a partir do nada ...por imaginar uma situação que não existe", afirmou. Iniciou a carreira de modelo na década de 1960 com Helmut Newton, Guy Bourdin e Irving Penn. Nos anos 70 decidiu dedicar-se à fotografia, mais como um hobby. Mas as suas imagens logo chamaram a atenção da elite da moda. Fez editoriais para a
Vogue France, campanhas para a
Cacharel e trabalhos saturados de cor para a
Comme des Garçons. Talvez o mais memorável sejam as suas fotografias para a
Biba, a icónico boutique de Londres, produzidas em colaboração com a fundadora da casa
Barabara Hulanicki com quem compartilhava uma paixão pelas estrelas do cinema mudo. Mais de 35 anos depois,
Sarah Moon voltou ao tema do cinema mudo, baseando-se futurismo nostálgico de
Metropolis, o filme de
Fritz Lang. Na sua colaboração com a campanha da NARS, as modelos
Anna Cleveland e
Codie transformam-se em cyborgs sensuais, vestindo corpetes translúcidos e capacetes.
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