Rhiannon Giddens

 

Judith Butler

 

Caça ás Bruxas

Fui informado que estou sendo substituído como Editor-Chefe do @eLife por retuitar um twitt de@ The Onion, peça que chama a atenção para a indiferença pelas vidas dos civis palestinos. Alguns editores e colaboradores da Artforum renunciaram depois da demissão do editor chefe Daniel Velasco que foi obrigado a demitir-se depois da revista publicar a carta aberta de solidariedade com a Palestina assinada por 8000 artistas plásticos e intelectuais. Artistas proeminentes disseram que boicotariam a revista após a demissão de David Velasco. As artistas Nicole Eisenman e Nan Goldin disseram que não trabalhariam mais com a Artforum. 'Nunca vivi um período mais assustador', disse Nan Goldin ao The New York Times . 'As pessoas estão na lista negra. As pessoas estão perdendo seus empregos. Nunca a Amerika desceu tão baixo.  Lembrar que o K, usado nas manifestações contra a guerra do Vietnam tem a ver com a história do Partido Democrata que fundou os KKK . Cancelamentos, perseguições, despedimentos.

João Gabriel

 João Gabriel inaugurou ontem uma exposição na galeria O-Town House de Los Angeles com o título de I was looking at you ad you coudn`t see me. Na obra plástica deste artista aflora um artificio poético no espaço da pintura que é sempre simbólico. Sinaliza uma inteligência visual temperada pela contenção e a elegância da temática que explora. Há uma contida exaltação do desejo no inegável classicismo das composição onde os corpos masculinos se entrelaçam num cenário aprazível onde a estética está sempre presente. A luz quase cinematográfica marca a ação e o movimento, atenuada pelas pinceladas diluídas e as tonalidades pálidas que incutem subtileza ao conjunto da coreografia plástica.  

Protestos no Canadá

 Justin Trudeau confrontado por manifestantes: "Tem sangue nas suas mãos. Free Palestine. Esta elite neo-liberal que está no poder nos no chamado Ocidente são os novos fascistas com uma roupagem de democratas liberais.

Cessar fogo já

 Milhares de manifestantes forçaram o fecho da Grand Central Station em Nova Iorque na noite de sexta-feira, em numa grande manifestação contra o bombardeamento de Gaza por Israel.  Os organizadores classificaram o protesto pacífico como “a maior desobediência civil que a cidade de Nova Iorque já viu em 20 anos”. O Departamento de Polícia de N Y disse que pelo menos 200 pessoas foram presas, enquanto os organizadores estimam o número em mais de 300. Fotos do local mostravam longas filas de jovens algemados e vestindo moletons pretos com as palavras “Not In Our Name” e “Cease Fire Now” impressas em branco.

Cancelamento

 "Em nenhum lugar isso é mais evidente do que nos EUA. Radhika Sainath, advogada sênior da organização americana de defesa de direitos Palestine Legal, recentemente disse Correntes Judaicas‘Alex Kane que os defensores da Palestina estão a enfrentar nada menos que uma “imensa reação e supressão macarthista”, mais intensa do que qualquer coisa que tenha acontecido antes". Sim, a democracia americana com os seus F16 e a sua retórica dos países livres, que matou Allende e Lumumba, está a ameaçar cancelar uiversidades e meios culturais que defendem a Palestina.  De acordo com Alex Kane, jornalista da revista progressista e laica "Jewish Currents", alguns judeus americanos, eleitores de esquerda e do Partido Democrata, afastaram-se de Israel nos últimos dez anos devido a "violações brutais dos direitos humanos dos palestinos".

“O legado de Biden será o apartheid”

"O presidente Biden respondeu ao governo extremista do primeiro-ministro Netanyahu apenas com a mais branda das repreensões. Os críticos dizem que ele não está conseguindo enfrentar o momento" Jewish Currents.

Revistas

 

Margarida Tengarrinha (1928-2023)

Faleceu a Margarida Tengarinha, artista plástica sintonizada com o movimento neorrealista e uma mulher corajosa que dedicou a vida empenhada na luta contra o fascismo. E era a mãe da minha amiga Margarida.
 

Contra Bibi

 Para o escritor Jacques Attali, convidado no Europa 1, o primeiro-ministro israelita é “um dos piores inimigos da sobrevivência do Estado de Israel”, que o seu lugar “é na prisão” e não devia poder mais exercer suas funções.

Rejeitar a violência

Mais de 8.000 artistas plásticos, escritores e trabalhadores da cultura, baseados nos Estados Unidos e Reino Unido enviaram uma carta aberta, às organizações culturais. "Nós, abaixo assinados, rejeitamos a violência contra todos os civis, independentemente da sua identidade, e apelamos ao fim da causa raiz da violência: a opressão e a ocupação. Somos solidários com o povo palestino. Pedimos às organizações artísticas que mostrem solidariedade para com os trabalhadores culturais e apelamos aos nossos governos para que exijam um cessar-fogo imediato e a abertura das passagens de Gaza para permitir a entrada livre de ajuda humanitária.

O manifesto já foi assinado por Nan Goldin, Eyal Weizman, Peter Doig, Barbara Kruger, Judith Butler, Jota Mombaça, Ariella Azoulay, Rachel Kushner, Cecilia Vicuña, Gabi Ngcobo, Marina Warner, Brian Eno, Nicole Eisenman, Sky Hopinka, Wu Tsang, Linder Sterling, Martin Margiela, Denise Ferreira da Silva, Tania Bruguera, Michael Rakowitz, Adam Broomberg, Kara Walker, Hoor Al-Qasimi, Andrea Fraser, Mati Diop, Katharina Grosse, Tomás Saraceno,Adam Broomberg, Kara Walker, Hoor Al-Qasimi, Andrea Fraser, Mati Diop, Katharina Grosse, Tomás Saraceno, Rirkrit Tiravanija, Oscar Murillo, Jennifer Krasinski, Jen Kabat, Laure Prouvost, Maxwell Sterling, Neil Beloufa, Shahryar Nashat, Carolina Caycedo e muitos outros. 

A Artforum, a Bienal de Veneza e o Conselho Internacional de Museus estão entre aqueles que foram desafiados pelas suas posições sobre o conflito. O Conselho Internacional de Museus (ICOM) divulgou um comunicado dizendo que “expressa a sua profunda preocupação com a violência atual que afecta civis israelitas e palestinianos e lamenta as consequências humanitárias significativas que o conflito teve nas últimas semanas”.

Guerra assimétrica

 "Os líderes israelenses não entenderam que, numa guerra assimétrica, os fracos geralmente acabam vencendo os fortes”. Escreveu Sophie Bessis, historiadora tunisiana francesa e autora do livro "O Ocidente e os outros", num artigo de opinião publicado no jornal Le Monde. A imagem é do artista Roy Lichtenstein.

Censura

 A NewsGuard, uma empresa que afirma avaliar o nível de “confiabilidade” dos meios de comunicação social e, portanto, tem uma influência significativa sobre as receitas publicitárias, foi processada juntamente com a administração Biden pela Consortium News  De acordo com a denúncia , a NewsGuard está “atuando em conjunto ou em conjunto com os Estados Unidos para coagir as organizações de notícias a alterar os pontos de vista” em relação à Ucrânia, à Rússia e à Síria, e impôs uma forma de “censura e repressão de pontos de vista” que divergem das políticas dos EUA. e os de seus aliados, diz a denúncia. A NewsGuard foi contratada pelo Pentágono para identificar, relatar e resumir o discurso das organizações de media americanas que discordam das posições oficiais dos EUA sobre política externa." O fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, é um conselheiro da NewsGuard . 

A patética Ursula

 Yanis Varoufakis, anuncia que o movimento político DiEM 25 lançou uma campanha para pedir a demissão da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.  Num vídeo gravado para o movimento, o ex ministro grego diz: “Senhora Von Der Leyen, desde o momento que você aterrissou em Tel Aviv não como apoiante de um cessar-fogo de ambos os lados, não como embaixadora da paz e da reconciliação, não como advogada da lei internacional, nem como alguém que acredita que a Convenção de Genebra é nossa única esperança nos momentos mais difíceis. Mas a senhora chegou como facilitadora de crimes de negar água e comida para 2 milhões de civis, como torcedora de uma força aérea que está propositalmente alvejando residências, como facilitadora do crime de guerra de desalojar mais de 1 milhão de pessoas, para uma parte de Gaza no qual eles ainda estão sendo bombardeados. 

Além da sua incompetência, você é uma vergonha, e está na hora de pedir demissão. Mas como sabemos que você não possui a dignidade para tal, o nosso movimento de democracia na Europa, juntamente com milhões de europeus progressistas, que nas próximas eleições do parlamento europeu,  iremos te confinar na lata de lixo da história europeia, que é exatamente o que você merece".

Arrogância neo-con

 As preocupações sobre o risco de a guerra Israel-Hamas se transformar num conflito mais amplo no Médio Oriente aumentaram no domingo, com os EUA a enviarem mais meios militares para a região, enquanto Israel atacava Gaza durante a noite e atingia apoiantes do Hamas no Líbano e na Síria. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que Washington enviaria mais meios militares ao Oriente Médio em apoio a Israel e fortaleceria a postura de defesa dos EUA na região após "as recentes escaladas do Irão e suas forças por procuração" - uma referência ao Hezbollah e aos militantes islâmicos palestinos. O secretário de Estado dos EUA, advertiu o primeiro-ministro interino do Líbano que a população libanesa seria afetada se o seu país fosse arrastado para a guerra Israel-Hamas, disse o Departamento de Estado.

A Europa não existe

 "Os responsáveis ​​da União Europeia gostam de se gabar de que o bloco se tornou uma verdadeira potência geopolítica. Mas a cobarde aprovação da UE ao ataque de Israel a Gaza mostra que não faz mais do que ecoar a linha vinda de Washington". (Jacobin)

"Perdemos definitivamente a batalha no Sul Global”, disse um astuto “diplomata sénior do G7” ao Financial Times . “Todo o trabalho que fizemos com o Sul Global [sobre a Ucrânia] foi perdido. . . . Esqueça as regras, esqueça a ordem mundial. Eles nunca mais nos ouvirão.”

Chomsky

 

Pela Palestina

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O ator e músico britânico Riz Ahmed  de origem paquistanesa acusa Israel de crimes de guerra moralmente indefensáveis contra Palestina. Bela Hadid e a sua Gigi Hadid, ambas top models, filhas de um milionário palestino que imigrou para os Estados Unidos também declararam apoio ao sofrimento do povo da Palestina e até receberam ameaças de morte.
 

Opinião

 Numa sondagem totalmente nova, a maioria dos Democratas afirma que os EUA não deveriam enviar mais armas para Israel. De acordo com uma pesquisa CBS/YouGov divulgada ontem, mais de 55 por cento dos americanos desaprovam a forma como Biden lidou com o conflito até agora (embora 62 por cento dos democratas digam que Biden está mostrando a quantidade certa de apoio a Israel). Mas 53 por cento dos Democratas acreditam que os Estados Unidos não deveriam enviar armas e suprimentos adicionais a Israel. Há ainda a questão da idade. As sondagens indicam uma maior simpatia pelos palestinianos entre os mais jovens.

Psicopatas

 Durante uma entrevista ao vivo na emissora estatal russa RT, o legislador israelense Amir Weitmann ameaçou fazer Moscovo “pagar o preço” por supostamente apoiar a resistência palestina em Gaza.

"Vamos acabar com esta guerra. Vamos vencer porque somos mais fortes. Depois disso, a Rússia pagará o preço. Acredite, a Rússia pagará o preço", disse Weitmann, chefe da bancada  do partido  Likud, que governa Israel .À medida que aumenta a campanha de bombardeamentos israelita contra milhões de civis palestinianos, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que o cerco de Gaza é uma reminiscência do cerco de Leningrado pela Alemanha nazi .

As acusações desequilibradas de Weitmann seguem os passos de outras alegações selvagens feitas por atuais e antigos responsáveis ​​israelitas. Quando questionado na semana passada, durante uma entrevista televisiva, sobre o sofrimento enfrentado pelos palestinianos em Gaza, o antigo primeiro-ministro Naftali Bennett atacou o entrevistador e repetiu a afirmação de que os combatentes palestinianos são “ nazis”.

Crimes de guerra

Deputado conservador ameaça processar o Reino Unido por crimes de guerra israelitas. Israel está a cometer crimes de guerra em Gaza. Incluem a punição coletiva de palestinianos inocentes e a transferência forçada de 1,2 milhões de civis do norte do território para o sul, e ainda assim a reação de altos políticos britânicos tem sido bastante acrítica, se não mesmo total. Solidária. Existem algumas vozes dissidentes e talvez surpreendentemente as mais altas vieram do parlamentar conservador conservador Crispin Blunt . Falando na BBC, ele emitiu este aviso ao governo. 

Killing Gaza

Um documentário dos jornalistas americanos Dan Cohen e Max Blumenthal que docomentaram a guerra de Israel contra Gaza. É um documento visual arrepiante dos crimes de guerra cometidos pelos militares israelitas, apresentando testemunhos diretos e provas dos sobreviventes.
 

Teto Ocampo (1969-2023)

 Morreu Ernesto “Teto” Ocampo, guitarrista colombiano que ajudou a criar dos álbuns fundamentais de Carlos Vives. Tinha 54 anos. Começou a ter aulas de guitarra clássica  com 7 anos. Arranjista  e compositor, estudou no Musician Institute de Los Angeles e regressou ao seu país para divulgar y mostrar ao mundo a música autóctone colombiana numa época em que dominavam tendências como o pop e o rock.

Curioso

há 

Israel pediu á Europa para adiar a investigação sobre o ataque ao hospital em Gaza. Que não era a altura adequada. Não era o melhor momento para uma investigação dessa natureza, pois há outras questões mais prementes para resolver.    

Bleu da Chanel

O ator americano Timothée Chalamet está inaugurando uma nova era para a fragrância masculina da Chanel. O jovem de 27 anos foi anunciado como o novo rosto da campanha da fragrância da grife que já foi lançada no dia 16 de Outubro. Dirigido por Martin Scorsese, o filme tem como objetivo explorar um jovem abrindo um caminho na vida enquanto navega pela fama. O cineasta  pretendeu criar um papel especificamente para Chalamet. Uma visão da  masculinidade contemporânea, permitindo que a vulnerabilidade do ator transpareça.

Revistas

Jamila assassinada

As  forças israelitas assassinaram Jamila Abdallah Taha al-Shanti, integrante do Conselho Legislativo Palestino e a primeira mulher no gabinete político do Hamas, de acordo com a rádio Hamas. Shanti, de 68 anos, foi fundadora do movimento de mulheres do Hamas e era casada com Abdel Aziz al-Rantisi, fundador e líder do Hamas, que foi morto pela Força Aérea Israelense pelo míssil Hellfire em abril de 2004. Desde o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de Outubro, as forças de segurança israelenses e em particular a Força Aérea, têm como alvo os líderes do Hamas para serem eliminados.

Escalada

O Irão pede à Rússia e ao Catar que enfrentem Israel . Rabinos judeus dizem que Biden se torou cúmplice d genocídio ao apoiar Israel.O Grupo 'Torah Judaism' afirma que o presidente dos Estados Unidos sofre de “colapso mental” ao atribuir aos palestinos o ataque contra um hospital em Gaza.

A TV Al Mayadeen, com sede no Líbano, informou na manhã desta quinta-feira (19) registros de ataques contra duas instalações militares dos Estados Unidos na Síria. Um dos incidentes envolveu um ataque de drones à Base de Al-Tanf, localizada nas proximidades das fronteiras entre a Síria, o Iraque e a Jordânia, enquanto o outro incidente foi um ataque com mísseis direcionado à Base de Conoco, situada na zona rural ao norte de Deir al-Zor. "

O conflito entre Israel e a Palestina pode evoluir para uma guerra regional ou mesmo global em grande escala, disse o vice-presidente do Conselho de Segurança Russo, Dmitry Medvedev, num artigo para o diário Izvestia.

Acabem com o genocídio

 Cerca de 300 manifestantes foram presos na tarde desta quarta-feira (18) em Washington, nos Estados Unidos, durante uma manifestação que pedia um cessar-fogo no conflito em Gaza, atualmente sob forte bombardeio. Os manifestantes, a maioria deles membros e simpatizantes dos grupos de judeus pró-palestina Jewish Voice for Peace e do IfNotNow, ocuparam o Cannon House Office Building, um prédio adjacente ao Capitólio norte-americano que abriga escritórios de diversos congressistas dos EUA. Do lado de fora do Capitólio, outras centenas de manifestantes se aglomeravam, também pedindo um cessar-fogo em Gaza. Figuras como a escritora Naomi Klein, e as congressistas Rashida Tlaib e Cori Bush também participaram da manifestação. "Nós estamos aqui para demandar um fim ao genocídio do povo palestino, apoiado e encorajado pelo governo dos EUA", disse o grupo Jewish Voice for Peace no Twitter. "

Carrascos dos palestinos

 Biden deu luz verde á invasão de Gaza. O presidente dos Estados Unidos redobrou o seu apoio a uma guerra criminosa contra a população civil de Gaza. Os apoiantes ocidentais do criminoso Bibi foram a Israel marcar o ponto. Nenhum grupo palestino possui um míssil suficientemente poderoso para destruir um hospital. Não nos tomem por idiotas. Israel disse, com as costas quentes de Biden diz que não só vai expulsar os Hamas como também diminuir o território de Gaza.

Contra Mahamoud Abbas

Palestinos participam de um protesto em apoio ao povo de Gaza em Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 18 de outubro de 2023. Uma jovem palestina foi baleada e morta pelas forças de segurança da Autoridade Palestina (AP) na terça-feira durante protestos na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, em resposta à explosão mortal num hospital na Faixa de Gaza sitiada. As forças de segurança da AP reprimiram os manifestantes com munições reais, gás lacrimogéneo e granadas de efeito moral, deixando pelo menos uma dúzia de pessoas feridas, causando ainda mais indignação na noite de terça-feira.

Em Ramallah, onde está sediada a Autoridade Palestina, os manifestantes atiraram pedras, cadeiras e outros objetos contra veículos blindados da Autoridade Palestina. O canto mais comum nos protestos tem sido: “Coloque a espada antes da espada, somos os homens de Mohammed Deif”, em referência ao comandante da ala militar do Hamas, as Brigadas Qassam, mas os protestos de terça-feira também incluíram um apelo para o Presidente Mahmoud Abbas da Autoridade Palestiana renunciar.

Os crescentes confrontos e tensões com a AP, que muitos no terreno descrevem como subcontratantes da ocupação israelita, estão a lançar uma sombra de medo e incerteza sobre a estabilidade na Cisjordânia ocupada.

O homem de ontem

 Líderes árabes recusam encontrar-se com Biden. Caíram 600 mil bombas em Gaza. Primeiro foi a Jordânia e agora são todos. O fracasso do presidente dos Estados Unidos.  Irão responsabiliza Estados Unidos pelos crimes de Israel. Biden respalda a versão do ataque ao hospital em Gaza sobre o ataque.  "Na sua visita a Israel Biden poderia falar sobre o quanto lamenta o seu apoio às guerras no Iraque e no Afeganistão depois do 11 de Setembro. Ele poderia falar sobre quanto derramamento de sangue e caos inúteis resultaram dessas guerras. Ele poderia afirmar em termos inequívocos que não há forma de permitir que a situação em Israel e na Palestina continue a espiralar até ao ponto em que leve ao envolvimento americano numa guerra que poderá ser muito mais catastrófica do que qualquer uma delas. Ele poderia pedir um cessar-fogo imediato e uma troca de prisioneiros....mas ele não vai fazer isso. Como Branko Marcetic explica no seu livro Yesterday’s Man, Joe Biden “estabeleceu-se como um amigo implacável de Israel” no início da sua carreira. Já em 1988, quando Biden concorreu pela primeira vez à presidência, lobistas pró-Israel ocuparam posições-chave na sua campanha. E absolutamente nada do que ele disse ou fez na última semana e meia sugere que ele esteja pronto para mudar de posição". (Ben Burgis-Jacobin).

Limpeza étnica

 "O Financial Times informou que alguns funcionários da UE estão preocupados "que a presidente da Comissão Europeia possa parecer estar endossando ações militares que causarão baixas civis em massa - e que serão rapidamente rotuladas como crimes de guerra". Um diplomata da UE não identificado disse ao Times: "Talvez estejamos prestes a ver uma limpeza étnica em grande escala" - uma clara indicação de que as capitais ocidentais sabem exatamente o que Israel está fazendo. A grande maioria dos países do Sul Global apoia o povo palestino na sua luta contra o colonialismo israelense. Uma rara exceção é o governo de extrema-direita na Índia, cujo primeiro-ministro, Narendra Modi, representa um partido hindu-nacionalista veementemente antimuçulmano". ( Ben Norton)

O abismo

 'Pró-Palestina', para muitos deles, é pró-Hamas”, escreveu o colunista do New York Times, Bret Stephens. “Os israelenses são culpados pelo fato de serem israelenses, então seu assassinato e humilhação são motivo de riso.”Jake Tapper lamentou como a resposta ao ataque revelou o problema do “antissemitismo na esquerda”. A BBC caracterizou os recentes protestos britânicos pedindo o fim da campanha de bombardeamento de Israel e o fim da ocupação israelita como tendo “expressado o seu apoio ao Hamas”. Mais tarde voltou atrás. Os meios de comunicação do sistema tem colaborado na propaganda do costume.

Top Gun

O colunista do Financial Times, Gideon Rachman, citou um funcionário da UE no seu último artigo : “O nosso receio é que paguemos um preço elevado no Sul global por causa deste conflito.” Outro responsável disse a Rachman que “podemos estar prestes a assistir a uma limpeza étnica massiva”. Se não quiserem pagar esse preço, precisam de acabar com o seu apoio à guerra de Netyahu agora mesmo, em vez de torcer as mãos quando já é tarde demais". Este senhor com os seus óculos escuros aviator da Ray-ban pode parar a guerra. 

Dana Schutz

Eu sou uma grande apreciadora do trabalho da artista americana Dana Schutz que tem uma exposição até 22 de Fevereiro de 2024 no Museu de Arte Moderna de Paris com o título de Le Monde Visible . "Dana Schutz dá esperança de que a pintura perdurará até o fim da nossa espécie", disse o New York Times.

A exposição apresenta pinturas, desenhos, gráficos, bem como esculturas e oferece uma visão geral de toda a sua carreira ao longo de duas décadas. O macabro, o grotesco, o absurdo e o cômico se fundem nas obras desta artista. Pinta um retrato distópico do mundo de hoje, liberto das noções tradicionais da beleza. Explora de certa maneira o absurdo. As composições bizarras são intrigantes e fascinantes.

Contra Israel

 "Pew Research Center descobriu no ano passado que 56% dos americanos com menos de 30 anos tinham uma visão desfavorável de Israel. Ao mesmo tempo, o anti-semitismo nos EUA tem aumentado . De acordo com a ADL, os incidentes antissemitas atingiram a marca mais alta em 2022 desde que o grupo começou a manter registos nos EUA em 1979, aumentando 36% num único ano. Uma pesquisa divulgada no início deste ano pela ADL encontrou um aumento nas crenças anti-semitas entre o público americano, com 85% dos americanos acreditando em pelo menos um tropo antijudaico, acima dos 61%.

Durante a última semana, muitos judeus americanos sentiram como se o sentimento anti-Israel e o crescente anti-semitismo fossem visíveis na resposta ao massacre. “Isso está voltando à ideia de que os judeus que foram mortos, que eles mereciam isso, que faziam parte de uma nação de colonizadores, está culpando os judeus por seus próprios infortúnios”, diz Mike Rothschild, jornalista e autor que escreve sobre anti-semitismo. "Está sempre presente no discurso da direita, mas estou vendo isso muito mais na esquerda do que nunca."Não é antissemita criticar Israel ou a política israelense – muitos judeus o fazem. Mas a ferocidade do sentimento anti-Israel e a reacção antipática ao massacre por parte de partes da jovem esquerda progressista revelaram um abismo político e geracional sobre esta questão. Muitos jovens esquerdistas equiparam a luta pela libertação palestiniana com a luta pela igualdade racial nos Estados Unidos, sob a rubrica binária e simplista de opressor e oprimido...Há .uma geração de pessoas que cresceu com imagens de palestinos expulsos de suas casas por colonos, ou postos de controle, ou muros de separação.” (Time)

Sufjan Stevens

 

Será?

" Num editorial de domingo à noite, o Wall Street Journal escreveu: “Os aiatolás em Teerão precisam de compreender que mais do que os seus representantes terroristas estão em risco. Eles precisam saber que as suas instalações nucleares e campos petrolíferos também estão na lista de alvos.” Fazendo eco destes pontos, o senador Lindsay Graham levantou a perspetiva de uma declaração de guerra contra o Irão, que disse ter discutido com a Casa Branca".

Repressão contra pobres

O  ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, ordenou que as famílias dos “delinquentes” fossem despejadas das habitações sociais. Esta punição coletiva atropela todos os tipos de princípios jurídicos – mas enquadra-se na repressão repressiva do governo nos subúrbios pobres. Para os ativistas da habitação e dos direitos civis, no entanto, a ordem de Darmanin não é válida. Bombardear um carro no bairro de alguém, por exemplo, ou no centro de uma cidade próxima é, obviamente, uma infração – mas seria um grande exagero dizer que é uma violação de um contrato de aluguel.

Elon Musk

 Elon Musk irritou os anti-artilheiros em Everytown e Giffords neste fim de semana com a sua postagem no X, afirmando:  “Por mais trágicos que sejam os tiroteios em massa,  os cidadãos armados  são essenciais para a defesa da democracia”. 

Cuidado com o Irão

 O presidente linha-dura do Irão fala com o líder francês, alertando que a guerra se expandiria se o cerco de Israel a Gaza não acabasse, informou a media estatal. A agência de notícias oficial IRNA disse que Ebrahim Raisi e Emmanuel Macron conversaram por telefone. O presidente iraniano não fez qualquer menção à incursão sem precedentes de 7 de Outubro do grupo terrorista Hamas de Gaza no sul de Israel, que desencadeou a mais recente guerra Hamas-Israel. O Irão há muito que apoia o Hamas. Tem Um exército e armas poderosas e pode fechar o estreito de Ormuz.

Acordados

 Entre a miríade de mantras do movimento “acordado” moderno está a diretiva para “descolonizar a sua mente”. E talvez fosse isso que os estudantes da Universidade de Harvard que recentemente se manifestaram a favor dos direitos palestinianos pensavam que estavam a fazer – até que os apoiantes de Israel atacaram os estudantes como um edifício bombardeado em colapso em Gaza. Comitê de Solidariedade à Palestina realiza vigília no pátio de Harvard para vítimas civis em Gaza e Israel. de olhos bem abertos.

Palestina livre

 À medida que a escala dos crimes cometidos pelo regime israelita e pelos seus aliados da NATO se torna clara, protestos irrompem em todo o mundo, numa desobediência ousada às denúncias dos meios de comunicação social contra os palestinianos, à intimidação policial e à proibição de protestos. A manifestação mais significativa de sexta-feira teve lugar na cidade de Nova Iorque, onde milhares de pessoas se reuniram para se oporem ao ataque contra a Palestina, em desafio aberto à implacável propaganda pró-Israel de todo o establishment político americano e dos meios de comunicação social corporativos. No centro do imperialismo mundial, onde vive a maior população judaica de qualquer cidade americana, massas populares – incluindo  mais de 1.000 judeus – expressaram a sua repulsa pelos crimes de milhares de jovens e trabalhadores de todas as origens, incluindo famílias inteiras, juntaram-se numa manifestação em Times Square, na cidade de Nova Iorque, para se oporem à guerra genocida travada pelo governo israelita, com o total apoio dos EUA e do imperialismo europeu.