Sou apaixonada pela cultura americana desde os anos 60. Quando estou em Nova Iorque compro o mais possível de livros sobre as figuras da cultura underground. Acabei de ler
The Collected Writings of Joe Brainard que tem um prefácio de
Paul Auster que fala da natureza espontânea da escrita deste percursor de movimentos e tendências vanguardistas. "As suas palavras reflectem o que é ser jovem numa época anárquica quando todos os horizontes estavam abertos e o futuro parecia não ter limites", sublinha. Inovador, insaciável experimentador de todos os géneros e disciplinas artísticas,- a poesia, as colagens, a pintura, o desenho, a ilustração-chegou a Nova Iorque em 1963 vindo de Tulsa onde nasceu em 1941. Uma pneumonia, decorrente da Sida matou-o em 1994. Era como se pressentisse a sua morte prematura, não se conformando com uma só vida. Associado da New York School pertencia a um grupo de intelectuais como Frank O`Hara, Alex Katz, Larry Rivers, Kenneth Koch e Ron Padgett, seu amigo de sempre e editor. Há quatro anos vi no Festival de Cinema da Tribeca um documentário de 20 minutos sobre
Joe Brainard realizado por
Matt Wolf. Ler
Remember, a sua autobiografia escrita em 1971 e que se tornou um clássico contemporâneo, é recordar uma atmosfera e muitos lugares da cidade mais fascinante do muito. Na nostalgia nem sempre há um lado conservador.
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