sábado, 9 de janeiro de 2016

Objectos inábeis


Sensual e desconcertante, a arte da escultora polaca Alina Szapocznikow é muitas vezes analisada através dos acontecimentos da sua vida turbulenta. Judia, durante a Segunda Guerra Mundial passou a maior parte da sua adolescência em guetos e campos de concentração nazis, incluindo Auschwitz e Bergen-Belsen. Depois de sobreviver ao Holocausto e suportando a perda de familiares, trabalhou como escultora em Praga e Paris. Morreu em 1973, vítima de tuberculose. Tinha 47 anos. Mas ainda produziu um trabalho colorido baseado em moldes distorcidos de corpos. Com base na luminosidade da pop art e do surrealismo, apresenta seios, lábios e barrigas em taças de sobremesa ou em aparelhos de iluminação. O efeito é inquietante e divertido. A artista chamou-lhes Awkward Objects. "Estou convencida que, de todas as manifestações do efémero, o corpo humano é o mais vulnerável. É a única fonte de toda alegria, todo o sofrimento e toda a verdade", disse a artista que está representada na exposição World Goes Pop, actualmente em exibição na Tate Modern de Londres.

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