O
Wooster Group de Nova Iorque revisita até 28 de Maio no seu
Performing Garage do SoHo o ataque de
Norman Mailer ao feminismo que aconteceu em Abril de 1971 no Town Hall. Perante os projectores e ecrãs de televisivos, o escritor fez mais uma das suas bravatas machistas. Era o moderador imoderado de um painel de académicos e feministas ilustres como Diane Trilling, Jacqueline Ceballos, Germaine Greer e Jill Johnston. O espectáculo do Wooster Group integra elementos de multimédia, o que é uma prática desta companhia de teatro que tem liderado o caminho para a era digital e investe nas capacidades da tecnologia para contar histórias. O resultado aproxima-se mais do estilo e do espírito da arte da performance ou da arte conceptual. Fundado em 1975 por diversos artistas com interesses na produção de televisão, música e arquitectura, as suas peças tornaram-se campos de batalha das teorias de vanguarda, o que provocou muita controvérsia. Em 1984, o Wooster Group recebeu uma carta dos advogados de
Arthur Miller que tentou impedir o uso do texto de
The Crucible num espectáculo com o título de Aka LSD que apresentou a versão de Miller misturada com textos de poetas como
William Burroughs e
Allen Ginsberg, bem como música rock. O actor
Williem Dafoe foi um dos fundadores do
Wooster Group onde ainda se mantém "É nesse tipo de teatro físico que encontro prazer. Na poesia das coisas em vez de interpretar as coisas", sublinhou.
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