Necrofilia, canibalismo, estética "gore". A receita do novo filme de
Nicolas Winding Refn que foi vaiado no Festival de Cannes. Sou uma fã das aposta radicais e da experimentação formal deste realizador. Também houve longos aplausos e não vinham das cabeças grisalhas, como disse o crítico do
The Telegraph que deu cinco estrelas a
The Neon Demon que considera, a nível visual e sónico, o trabalho mais sublime do cineasta dinamarquês estabelecido há anos em Los Angeles. Até fala da influência na obra do mentor de Refn que é o surrealista chileno
Alejandro Jodorowski. Mas o público de Cannes, com destaque especial para os críticos franceses, é muito conservador. "O clima era ainda mais hostil do que na exibição de
Only God Forgives em 2013...até havia pessoas gritando palavrões", acrescentou. Mas
Nicolas Winding Refn, que vemos na foto com
Elle Fanning, já sabia o que esperava. E até gostou.
Robin Collin, o crítico do jornal britânico, refere 11 filmes vaiados em Cannes que depois foram elevados à categoria de obra-prima. Eis alguns deles:
Gertrud de Carl Dreyer,
Taxi Driver de Scorcese,
Pulp Fiction de Tarantino e etc...
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