sexta-feira, 8 de julho de 2016

Renzi sem controlo


Os bancos italianos acumularam 360 ​​biliões de euros em empréstimos maus, o equivalente a 22% do PIB (1.636 biliões de euros em 2015), uma relação digna de um país candidato à falência. Formalmente todo esse dinheiro, apesar de existirem garantias e hipotecas, está perdido. Não esquecer a lentidão da justiça italiana (um processo de falência dura em média 8 anos). Devido à crise de 2008, a economia italiana sofreu um declínio de 20% na produção industrial. Matteo Renzi está perder o controlo de Itália. Em 2 de Outubro realiza-se um referendo constitucional (limitação dos poderes do Senado) cujo falhanço levará à demissão do primeiro-ministro tal como ele prometeu. Abre-se uma crise política, enquanto as sondagens se inclinam para a vitória do Movimento Cinco Estrelas que defende a democracia directa. E nesse mesmo dia a Hungria vai realizar um referendo para se opor às quotas dos refugiados na União Europeia. Com a imigração no centro do debate, os votos de italianos serão muito afectados. "Matteo Renzi está encurralado por uma desaceleração da economia e um sistema bancário que representa um risco sistémico para a Europa", segundo Bini Smaghi, o presidente do banco francês Société Générale.

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