O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faz hoje 75 anos. Capta o horror do mundo nas suas fotos - com a perfeição artística dos antigos mestres. No entanto, ele não está preocupado com uma "estética do sofrimento", mas com um ímpeto de reflexão. Ele deixa o espectador distraído e fascinado.Viu sofrimento, miséria e violência. Informou sobre a guerra no Iraque e o genocídio em Ruanda, sobre os fluxos de refugiados na África e as condições desumanas de trabalho na América Latina. "Eu vi coisas muito más", disse ele recentemente em entrevista ao canal de TV francês France 24. "Vi coisas que me fazem duvidar da humanidade". Mas, na elegância do preto e branco, as suas fotos são de uma beleza perturbadora. Há críticos que qualificaram Salgado como "o esteta da miséria". Eu acho injusta a crítica. "Normalmente os fotógrafos ficam alguns diasnuma zona de guerra, ou apenas algumas horas. Salgado muitas vezes passa meses para conhecer as pessoas de lá", disse o cineasta alemão Wim Wenders, que retratou o fotógrafo no seu documentário no seu documentário "
Sal da Terra".
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