As fotografias de
Cindy Sherman de meados dos anos 70 até os dias de hoje são objeto de uma retrospectiva na
National Portrait Gallery de Londres com curadoria de
Paul Moorhouse. A exposição começa com o "Cindy Book", um álbum de imagens de Sherman que ela fez quando criança, cada uma delas rotulada com um rabisco de adolescente: "Sou eu". É o ponto de partida de uma exploração da vida com identidade que se move ao longo de quatro décadas, com Sherman retratando-se sob o disfarce de muitas centenas de diferentes personagens fictícios. Desde a sensual sedutora, a donzela em apuros aos seus stills films de cinema. Dos palhaços esquisitos às criaturas mutiladas e do pesadelo dos contos de fada. Há ainda as esposas de troféu mais recentes com bronzeado falso. "Esse corpo de trabalho é único, sua abordagem completamente individual e a aparência das suas fotografias imediatamente reconhecíveis", diz Moorhouse. Falando sobre a influência duradoura de Sherman, ele acrescenta: “Em primeiro plano, o seu trabalho coloca questões sobre a veracidade das imagens. Na nossa sociedade dominada pela media e obcecada por imagens, na qual as redes sociais e as notícias falsas são características visíveis, essas questões nunca foram tão relevantes", acrescentou. Cindy Sherman, desde criança viciada em cinema, inspira-se nos filmes tanto americanos da serie B aos franceses da Nouvelle Vague como do neorealismo italiano. Via tudo. O cineasta
Alfred Hitchcock causou-lhe uma grande impressão e em particular o seu filme
A janela Indiscreta de 1954. A exposição inaugura no dia 27 de Junho e encerra em 15 de Setembro.
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