O artista e cineasta
Isaac Julien e o seu editor
Adam Finch estão trabalhando na coreografia complexa de filmagens de uma peça que é uma homenagem à arquitecta modernista brasileira
Lina Bo Bardi. Com o título de
Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement, é uma espécie de arquitetcura de dança e um trabalho vertiginoso. Não se trata de um filme biográfico directo - "Bo Bardi teria odiado algo tão linear e redutor", diz o artista. Nascida no Brasil em 1914, estudou na Unioversidade de Arquitectura de Roma. Depois de se formar mudou-se para Milão onde foi editora da revista
Domus, depois de ter trabalhado com
Gio Ponti. Fundou com
Bruno Zevi a
Cultura della Vita e foi militante no Partido Comunista Italiano. Casou com o jornalista e historiador
Pietro Maria Bardi e mudaram-se para o Brasil. Em 1950 criou a revista
Habitat e projectou a icónica
Casa de Vidro, que se tornou a residência do casal, em São Paulo, considerada uma das obras máximas do racionalismo artistico. Escritora, ensaista, designer de móveis e de jóias, figurinista, era dotada de uma enorme inteligência e sensibilidade artística. Em 1957, projectou o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Bo Bardi conseguiu incorporar técnicas e materiais vernaculares no seu trabalho com mais sucesso do que talvez qualquer outro grande modernista, um compromisso que faz seu trabalho parecer totalmente contemporâneo e fundamental . "Ela abraçou o artesanato do nordeste e reflectiu uma cultura brasileira mais orgânica de volta a si mesma", sublinhou
Isaac Julien.
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