domingo, 4 de agosto de 2019

Dá Licença?






Vemos algumas imagens deste boutique hotel chamado Dá Licença. Tem um nome curioso, mas parece ser um paraíso. Fica no Alentejo, numa zona isolada coberta de oliveiras a poucos quilómetros de Estremoz. Foi concebido por Victor Borges e Frank Laigneau. Com as paredes caiadas de branco, mobiliário vintage, sai fora do insuportável estilo design italiano que se propagou entre uma classe de novos ricos ricos. O hotel Dá Licença surgiu num espaço que já tinha sido um convento de freiras e mais tarde cooperativa de produtores de azeite. Tem apenas três e cinco suites. Há ali um lado monástico e intimista que se torna uma mais-valia para quem não aprecia o cliché dos hotéis que não se diferenciam uns dos outros. O Dá Licença é indissociável da dupla que o criou. Victor Borges é português, trabalhou em Paris como director-geral do departamento de têxteis e sedas da Hermès e  como gestor na Prada, Armani e etc. Frank Laigneau foi actor, trapezista e, durante 20 anos, proprietário de uma galeria em Paris. Mudaram-se para Portugal há meia dúzia de anos, já depois de comprarem 120 hectares de terreno (com 13 mil oliveiras, romãzeiras, nogueiras e figueiras…) Entre as várias peças de mobiliário Jugendstil (a variante nórdica da Art Nouveau) e  design do movimento antroposófico (originado pela filosofia de Rudolf Steiner). Destaca-se ainda uma cadeira num dos cantos da sala que dá para a “piscina infinita”. Trata-se de um exemplo do chamado estilo viking, datada de 1908. Foi desenhada pelo norueguês Lars Kinsarvik que, nas artes decorativas, se distinguiu pela pintura em madeira.

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