segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Hayv Kahraman


A galeria Jack Shainman, em Chelsea apresenta no 5 de Setembro a exposição da artista Hayv
 Kahraman com o título de Not Quite Human. Este novo projecto documenta um processo de transformação de um corpo.  A arte do contorcionismo explica a metamorfose. "Os corpos são posicionados de uma maneira sexualmente provocativa e extremamente submissa e humilhante, mas ao mesmo tempo são decididamente poderosos e ameaçadores desencadeando a mistura do desejo e medo do outro"...De uma maneira ambígua, esta série documenta a dinâmica da técnica de Kahraman. Em contraste com a compreensão euro-moderna do contorcionismo como um espectáculo mercantil, em várias culturas não-ocidentais essa arte não era considerada como um mero ofício mantendo as suas ligações com o sobre-humano e o sobrenatural. Há exemplos que incluem acrobatas marroquinos e tradição mongol de contorcionismo que existiam antes e paralelamente aos circos comerciais europeus.
A artista, nascida em Bagdad, chegou à Suécia como refugiada em 1992. Tinha onze anos. Lembra-se da sua mãe tirando os seus passaportes falsificados no banheiro depois de uma jornada de um mês que as levou pela Jordânia, Etiópia e Iémene. Kahraman e a sua família estavam entre os três milhões de iraquianos que foram deslocados à força durante o período da guerra Irão-Iraque e a Guerra do Golfo - quase vinte por cento da população na época. Hoje, vive e trabalha em Los Angeles, depois que a sua família finalmente se estabeleceu nos Estados Unidos.. Estudou design na Accademia d'Arte e Design em Florença, e as práticas formais da pintura renascentista ecoam na postura e no temperamento das figuras, todas versões replicadas de si mesma, tiradas de uma técnica em 3D do próprio corpo de Kahraman - um alter ego chamado ' Ela ' aparecendo às vezes sozinha ou  em grupos

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