A fotógrafa Petra Collins desfigura o ser corpo numa série de auto-retratos. Esta artista, nascida em Toronto e estabelecida em Nova Iorque. Esta série é fruto de uma colaboração com Sarah Sitkin que lhe falou sobre a teoria desenvolvida na obra “Simulacros e Simulação” do filósofo Jean Baudrillard. Essa teoria está informando a cultura agora onde tudo é cópias de cópias de cópias e definitivamente perdemos os originais das coisas. Tentar através da cultura e da arte chegar às origens das coisas é um pouco impossível neste momento.“Vivemos em um mundo que - não estou dizendo que seja negativo - mas criou muita confusão, onde estamos pregando o poder, estamos pregando a diversidade, mas as imagens que estão surgindo nas medias sociais pessoais das pessoas são removidas da realidade que eles dizem ser realidade ”, disse Petra Collins. Segundo Baudrillard, “O que toda uma sociedade procura ao continuar a produzir e reproduzir, é ressuscitar o real que lhe escapa. É por isso que a produção material é hoje, ela própria, hiper-real. Conserva todas as características do discurso da produção tradicional, mas não é mais que a sua refracção desmultiplicada. Assim, em toda parte o hiper-realismo da simulação traduz-se pela alucinante semelhança do real consigo próprio".
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