domingo, 27 de outubro de 2019

Chefe do EI morto

Donald Trump confirmou a morte de Abu Bakr al-Baghdadi, chefe do Estado Islâmico, numa operação das Operações Especiais dos Estados Unidos ontem à noite envolvendo helicópteros, aviões de guerra e um confronto terrestre na fronteira Turquia-Síria, no noroeste da Síria. A Reuters e a Newsweek estão divulgando que o presidente Trump numa declaração falou da maior vitória simbólica de seu governo na guerra contra o terrorismo. Baghdadi foi alvo de um ataque durante a noite. Uma autoridade dos EUA disse que a missão dos EUA envolvia forças de operações especiais e ocorreu na região de Idlib, na Síria. A Bloomberg acrescenta que o Iraque forneceu "informações precisas" às forças da coligação que "contribuíram para atingir o terrorista al-Baghdadi e matá-lo", observando que a operação dependia de informações da CIA. Baghdadi teria se explodido usando um colete suicida, o que é conveniente, considerando que havia pelo menos três relatos confirmados anteriores de sua morte."Ontem à noite, os Estados Unidos levaram o líder terrorista número um do mundo à justiça", disse Trump em comentários na Casa Branca. "Abu Bakr al-Baghdadi está morto. O fim de Baghdadi demonstra a busca incansável da América por líderes terroristas e o nosso compromisso com a derrota duradoura e total do ISIS e de outras organizações terroristas", acrescentou Trump.
Quanto ao nexo entre jihadistas islâmicos e os chamados "rebeldes moderados" na Síria, enquanto os representantes do Exército Livre da Síria (FSA) estavam em Washington em Janeiro do ano passado, solicitando ao governo Trump que restaurasse o programa de "treinar e equipar" da CIA os militantes sírios que foram presos em Julho de 2017, centenas de jihadistas do Estado Islâmico se juntaram aos militantes moderados em Idlibna sua batalha contra as tropas do governo sírio apoiadas por ataques aéreos russos para capturar a base aérea estratégica de Abu Duhur, de acordo com uma AFP de Janeiro do ano passado.
O Estado Islâmico já tinha um ponto de apoio na província vizinha de Hama e sua incursão em Idlib foi uma extensão do seu alcance. Capturou várias aldeias e alegou ter matado duas dúzias de soldados sírios e tomado vinte reféns. E em 12 de Janeiro do ano passado, o EI declarou oficialmente o Idlib como um dos “emirados islâmicos”, de acordo com o relatório da AFP acima mencionado.Quanto a Baghdadi,que estava "se escondendo" com as bênçãos da Turquia, parece agora que ele era o ponto  nas negociações entre Trump e Erdogan, e o troco pelo acordo do presidente dos EUA de se retirar da Síria era o favor que Erdogan lhe entregaria Baghdadi numa bandeja de prata (se for verdade, espere uma onda de terrorismo na Turquia nas próximas semanas).

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