O culto de William Burroughs

Casey Rae documenta neste novo livro, a influência de William Burroughs na pop música. Na década de 1960, os seus  excessos imaginativos e farmacológicos capturaram as mentes dos jovens que tentavam criar uma cultura mais socialmente liberada. Os seus escritos impactaram drasticamente o trabalho do boomer triunvirato de Bob Dylan, The Beatles e The Rolling Stones, com sua imagem de coveiro infectando milhões de casas inocentes quando ele apareceu na capa do  Sgt Pepper dos Beatles.
Enquanto isso, nos cantos mais obscuros da cultura, a sua abordagem sincera a grupos desajustados da vida inspirados como The Velvet Underground, cujo vocalista Lou Reed acrescentou um novo nível de transgressão sofisticada ao rock. O livro aborda esse tema que vai até à morte de Burroughs, em 1997. Juntamente com relatos detalhados de seu profundo impacto nas carreiras de David Bowie, Patti Smith e Kurt Cobain, explora a sua influência em artistas industriais e pós-punk como Joy Division, Throbbing Cartilagem e Sonic Youth. Nos anos 90, a comercialização do rock alternativo e a adaptação cinematográfica de Naked Lunch , por David Cronenberg , fizeram de Burroughs uma figura omnipresente. Seu rosto sombrio apareceu em anúncios de moda e, numa indignidade final, asua última aparição filmada foi num vídeo dos insuportáveis  U2. Rae termina o livro situando o trabalho de Burrough dentro de uma cultura da Internet cada vez mais fragmentada e confusa. Ele argumenta que o escritor prefigurou a cultura dos memes, com seus livros destacando como as forças de controle e repressão manipulam a linguagem e o simbolismo.