O artista visual
Jesper Just, que representa a Dinamarca na Bienal de Veneza 2013, fez um pequeno filme com o título de
Sirens of Chrome que gira em torno de três mulheres afro-americanas a vaguear dentro de um
Chevy preto nas ruas desertas de Detroit. Essa "viagem" pontuada por uma melancólica música de piano e aparentemente sem sentido, termina no
Michigan Theater agora transformado num parque de estacionamento. Segue-se uma sequência de dança, batida rítmica dura simulando um confronto violento com uma quarta mulher. O estereótipo americano da condução atemporal e uma espécie de
West Side Story. Adoro as curtas metragens deste artista que recusa as tendências do vulgar documentário e o esteticismo da video-arte mais recente. Em 2006, quando da exibição de
No Man is An Island numa galeria de Nova Iorque, disse-me ter uma enorme admiração por
Luchino Visconti. Não gosta dos filmes de Almodóvar onde os "personagens falam demais". Mas não se importa que o associem a
David Linch ou a
Matthew Barney.
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