domingo, 18 de agosto de 2013

Mao-Hope

Março de 1966. Dezenas de pessoas desfilaram nas ruas de Nova Iorque, empunhando cartazes com as caras de Bob Hope e de Mao Tse Tung. O conteúdo era arrojado e até ambíguo. "Mas este não é o Bob Hope? Eu gosto dele", comentavam alguns transeuntes espantados. Protestavam contra a guerra do Vietnam, canalizando a critica para Bob Hope porque ia entreter as tropas americanas. Quanto ao vilão Mao atribuíam-lhe as culpas de sustentar a luta dos vietcongs. Oyvind Fahlstrom fez um documentário sobre a manifestação com o título de Mao-Hope que em 2009 foi comprado pelo MoMa. Filho de pais suecos, este versátil artista nascido no Brasil em 1928, emigrou para Nova Iorque no inicio dos anos 60. Aderiu ao movimento da pop-art e entregou-se à exploração de vários meios de expressão incluindo o cinema. Realizou o filme Provocation que foi exibido no Festival de Veneza em 1972. Defensor dos países pobres e critico da politica internacional dos Estados Unidos, é o autor do Monopoly e de outras obras com evidente cariz político.    

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