sábado, 28 de março de 2015

Alberto Greco


Foi uma artista argentino provocador e irreverente que nos anos 50 e 60 desenvolveu um trabalho original e brilhante. Nascido em 1931 em Buenos Aires, viveu em diferentes cidades (São Paulo, Roma, Nova Iorque, Paris e Madrid) onde contactou com os círculos intelectuais mais vanguardistas e criativos da época. Até que em 1965 se suicidou em Barcelona. Injustamente esquecido, deixou uma obra plástica influenciada no início pelos Informalistas franceses. Mais tarde interessou-se pelos Dadaístas e o ready-made de Duchamp. Em 1962 abandonou a pintura e fundou o movimento Vivo-Dito resultante da sua investigação sobre a desmistificação do artista e da obra de arte. Apresentou um manifesto onde dizia que a "arte viva é a aventura do real". Buscando o "objecto encontrado" deve deixá-lo no seu sítio, sem o transformar nem melhorar. E muito menos levá-lo para a galeria de arte. Greco também se dedicou aos happenings improvisados. Escreveu ainda um livro com o título de Besos Brujos que é uma combinação da escrita automática com o quotidiano cru da sua vida. Antes de morrer, escreveu a palavra "Fin" na sua mão esquerda. Alguns anos antes, tinha afirmado que a sua obra-prima seria o seu próprio suicídio.

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