Miuccia Prada disse num vídeo da exposição do seu trabalho no Metropolitan Museum de Nova Iorque: "Moda é arte, moda não é arte". Mas quem se importa? Durante épocas as colecções e desfiles da designer italiana reagiram a questões sociais contemporâneas, descurando o lado estético. Mas agora parece ter recuperado a forma nesse outono-inverno 2016/17 com uma apresentação de apontamentos políticos e sociais provocadores. Apresentou as suas novas mulheres como vagabundas no sentido das personagens de
Charlie Chaplin, entre mendigas e flaneurs. O glamour dos pobres. O livrinho pendurado na gargantilha lembra que ninguém nos pode roubar o conhecimento, aquilo que aprendemos. Um discurso pós-moderno onde tudo já aconteceu e tudo ainda pode acontecer de novo. O que quer dizer o espartilho que aperta a cintura? Um retrocesso? Já as botas de cano alto com cordões inclui um toque fetichista. Na banda sonora mais pistas. Mil mulheres, mil facetas. Desde PJ
Harvey a
Edith Piaf.
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