domingo, 28 de fevereiro de 2016

Manipulação televisiva


A revista francesa Le Point dedica doze páginas a Donald Trump. Publica detalhes sobre a fortuna pessoal do magnata do imobiliário embora ninguém pareça concordar sobre o montante exacto. Vale 2, 4,5 ou 10 biliões de dólares? Mas vale a pena ler o artigo do escritor Richard Ford onde garante que o candidato favorito nas sondagens dos republicanos nunca será presidente dos Estados Unidos. Mas, a análise que considero mais interessante sobre o mediático espectáculo das eleições americanas é a de João Lopes no jornal Diário de Notícias. "O exercício contemporâneo da política tornou-se predominantemente televisivo, muitas vezes integrando as linguagens mais estereotipadas e infantis da própria televisão", afirma o critico de cinema. É verdade, só assim se percebe o sucesso de Marcelo Rebelo de Sousa ou de Catarina Martins, uma nulidade patética que aspira a entrar na pobreza do sistema instituído da política portuguesa. Aquilo é de esquerda, tal como eu a entendo? Citando Guy Debord, que continua a ser uma das minhas grandes referências: " O carácter tautológico do espectáculo decorre do simples facto dos seus meios serem, ao mesmo tempo o seu fim. É o sol que nunca se põe no império da passividade moderna".

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