Dias antes das revelações dos
Panama Papers envolvendo centenas de figuras políticas e magnatas no esquema dos paraísos fiscais, a
Bloomberg entrevistou durante quatro horas os dois advogados fundadores que sabiam já que o jogo tinha acabado. Garantiram que estavam a pensar tornar mais pequena a empresa que nas últimas décadas ajudou as empresas e os ricos a escaparem ao fisco.
Fonseca de 63 anos, um burocrata que trabalhou nas Nações Unidas em Genebra, onde foi cercado por advogados internacionais, confessou ter sido atraído pelo mundo misterioso das empresas offshore. "Um dia ocorreu-me que poderia fazer o mesmo. Abri um pequeno escritório e comecei apenas com uma secretário a criar e vender empresas. É como vender carros", disse. Depois juntou-se a Mossack de 62 anos que, a propósito da questão da legalidade, preferiu fazer "analogias com a indústria automóvel". The cat is out of the bag (o gato está fora do saco), admitiu. "Então agora temos de lidar com as consequências", acrescentou.
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