Os caso envolvendo funcionário do Partido Democrático Italiano multiplicam-se, ao ponto de se temer já uma nova operação "mãos limpas". Desde 27 de Abril que
Stefano Graziano, presidente do PD da Campânia, está sendo investigado por "associação externa" com o clã
Casalesi da máfia imortalizado por
Roberto Saviano em seu livro
Gomorra. Na semana passada
, Antonio Bonafede, conselheiro municipal de Syracuse, viu-se atrás das grades após a descoberta pelos Carabinieri de 20 quilos de haxixe. Também foi preso
Simone Uggeti,do município de Lodi, também foi preso sob a acusação de licitação fraudulenta. Há ainda o recente escândalo dos poços de petróleo, em Basilicata. São muitos os casos de corrupção que embaraçam
Matteo Renzi. Na verdade, o primeiro-ministro italiano é também secretário-geral do PD. Convém lembrar que vão acontecer eleições para as câmaras de Roma, Milão, Nápoles e Turim. E em Outubro, os italianos voltam às urnas para um referendo sobre as reformas constitucionais que
Renzi queria transformar num plebiscito sobre a sua pessoa. Como muitas pesquisas que agora giram em torno da "questão moral", o termo cunhado por
Enrico Berlinguer, em 1981, para estigmatizar a corrupção, "Eu acuso" vem a propósito. Mas o PD não está sozinho nesta matéria. A ONG Transparência Internacional numa lista de 28 países da União Europeia classificou a Itália no penúltimo lugar, à frente da Bulgária. Todos os partidos, até mesmo o Movimento Cinco Estrelas, estão chamuscados. Segundo
Piercamillo Davigo, presidente da Associação Nacional de Magistrados (ANM): "A situação é pior do que em 1993. Os líderes políticos não pararam de roubar dinheiro público, mas já perderam a vergonha. Anteriormente roubavam para financiar os seus partidos, actualmente é para enriquecerem".
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