O cérebro do ataque terrorista ao aeroporto de Istambul teria sido
Ahmed Chataev, um cidadão russo de origem chechena, que entrou para o Estado Islâmico em 2015. Atribuiram-lhe um papel de liderança para cometer atentados tanto na Rússia como na Europa Ocidental. Segundo
Andrey Prhezdomsky, o vice-presidente do Comité de Investigação russo,
Chataev também comandava uma unidade composta "principalmente por imigrantes do norte do Cáucaso". Revelou ainda que o indivíduo tinha sido procurado pelas autoridades russas por delitos relacionados com terrorismo, mas que fugira para a Europa onde lhe concederam o estatuto de refugiado. Juntou então militantes separtistas islâmicos que lutaram contra a Rússia na segunda guerra chechena (1999-2000) onde perdeu um braço. Recebeu asilo na Áustria, alegando que tinha sido perseguido e torturado pelos russos. Em 2008, foi detido com outros cidadãos chechenos na cidade sueca de Trelleborg, quando a polícia encontrou armas Kalashnikov, explosivos e munições no seu carro. Passou mais de um ano na prisão. Em 2010, foi preso na Ucrânia com os seus arquivos de telefone contendo uma instrução técnica de demolição e fotos de pessoas mortas numa explosão. A Rússia voltou a pedir a sua extradição, mas o Tribunal Europeu de Direitos Humanos ordenou à Ucrânia para não o entragar porque "poderia enfrentar um julgamento injusto e estaria em risco de tortura e outros maus-tratos". Um ano depois, foi detido quando atravessava a fronteira entre a Turquia e a Bulgária, mas novamente ele evitou a extradição devido à interferência das organizações de direitos humanos. Entre 2012 e 2015, Chataev supostamente viveu na Geórgia onde reuniu grupos de terroristas. Em Fevereiro de 2015 entrou na Síria e assumiu uma posição mais elevada na hierarquia do Estado Islâmico.
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