domingo, 25 de junho de 2017

Indu Kush

"As minhas viagens ao longo do "Talibanistão", algumas delas documentadas na Asia Times, achei que o Talibã fosse piedoso e moralista, inserido numa espécie de obscuridade fortemente ponderada, praticamente inacessível. Mas os principais actores neste renovado Grande Jogo no Hindu Kush estão longe de ser os Talibãs. É tudo sobre a diáspora jihadista após o colapso do califado na Síria. O ISIS já está enviando jihadistas retirados do Iraque e da Síria para o Hindu Kush. Ao mesmo tempo, está industriando activamente dezenas de Pashtuns com muito dinheiro e armas - uma força de trabalho que inclui dezenas de milhares de potenciais  suicidas. Além dos afegãos, um novo lote de recrutas inclui chechenos, uzbeques e uiguros, todos capazes de misturar-se com a paisagem numa região montanhosa inacessível, mesmo para os MOABs do Pentágono. Não é de admirar que os afegãos secularizados em Cabul já temam que o Afeganistão seja a nova cidadela de um califado restaurado. Contra o Estado Islâmico proclamado Khorasan (ISK), cabe ao SCO - principalmente China, Rússia, Índia e Paquistão - criar uma brigada de resgate. Caso contrário, a integração euro-asiática estará em perigo mortal em todo o cruzamento da Ásia Central e do Sul..."(Pepe Escobar, Counterpunch).

Participe do debate no Facebook

Sem comentários: