quinta-feira, 15 de junho de 2017

Lucifer Rising

Lucifer Rising (1972) foi a última edição da série Magick Lantern Cyeth do cineasta de culto Kenneth Anger. O processo de produção demorou dez anos e, durante esse período, o realizador colaborou com os músicos Jimmy Page e Marianne Faithfull e dois discípulos de Charles Manson. Despojado, o filme é sobre deuses egípcios convocando o anjo Lucifer através de várias cerimónias e rituais. Trata-se de espiritualismo, da mitologia e da religião ocultista, em particular da ordem Thelema que foi fundada por Aleister Crowley. O mundo de Anger só faz sentido para aqueles que estão dentro dele. Lucifer Rising desbloqueia a imaginação do subconsciente. Mostra sonhos, arte surreal, moda e história mitológica, bem como ícones de cultura pop. Voltei a ver o filme há dias. Os símbolos cintilam na tela, as cores são incríveis e os trajes são invejáveis. O poder da magia, uma festa para os olhos. Há uma deusa egípcia, interpretada por Myriam Gibril, que está deitada numa antiga ruína junto do rio Nilo usando um vestido laranja que faria a inveja de qualquer estilista de moda actual. No filme vemos Lilith (Marianne Faithfull) despertar num túmulo de pedra, pintada de lilás e com um vestido flutuante no deserto que muda de cor. Mais tarde, surge vestida de blazer e saia cinza escuro. Os céus tempestuosos e  a chuva irrompem na cena. Lilith, deusa da fertilidade, espelha o poder da natureza.

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